Algo para se entreterem, durante minha ausência, espero que gostem, pois são de escritores e poetas que admiro muito.
Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinícius de Moraes
Por detrás da Alegria e do Riso, pode haver uma natureza vulgar, dura e insensível. Mas, por detrás do Sofrimento, há sempre Sofrimento. Ao contrário do Prazer, a Dor não tem máscara.
Oscar Wilde
Um canto criado para que eu possa deixar meus pensamentos, devaneios, textos, e que outrem também possam fazer o mesmo...Bem vindo todos.
terça-feira, 17 de março de 2009
Algo
terça-feira, 3 de março de 2009
Dedos
Dedos,
Falam, indicam, pintam
Dedos,
Cantam, clamam, chamam
Dedos,
Gritam, negam, tramam
Dedos,
Enganam, calam, choram
Dedos,
Tocam, amam, gozam
Dedos,
Imploram, pegam, instigam
Dedos,
Mostram, cobram, matam
Dedos,
Crescem, Fingem, mentem
Dedos,
Vencem, sentem, temem
Dedos,
Inspiram, tomam, silenciam.....
Dedos
Fev/09 – Gi Lima
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